Você já pensou em adquirir um
leitor digital para o ano de 2017 ou essa ideia nem lhe passa pela cabeça? Se
não pensou, vou lhe dar algumas razões para começar a refletir nessa
possibilidade, pois eu experimentei e recomendo, não obstante o fato de que
algumas publicações ainda sejam mais apropriadas para o formato tradicional, em
papel.
Quando falo em leitor digital,
porém, não me refiro a tablets, ipad, iphone ou smartphones (por
que ainda não temos uma tradução para essas palavras?), todos esses têm
funcionalidades de leitura preciosas, mas algumas desvantagens invencíveis,
como a luz direta nos olhos, que torna a leitura cansativa, além da quase
irresistível tentação de parar a leitura para ver a última mensagem no WhatApp
ou as últimas postagens dos amigos no Facebook ou no Instagram.
Os leitores digitais são
direcionados especialmente para a leitura, o que, entre outras vantagens,
economizam energia, não assoviam ou tocam música, não precisam de luz durante o
dia e os dispositivos com luz não refletem direto nos olhos como no caso dos
tabletes e smartphones, o que reduz a distração e o cansaço na vista.
Obviamente, o formato em papel
possui algumas vantagens sobre o leitor digital, como a possibilidade de marcar
o texto na cor que desejar com a caneta ou lápis que melhor aprouver, além da
capa colorida, o cheiro do papel fresco.
O que não dizer daqueles livros
impressos em papel pólen e capa dura, tão agradáveis aos sentidos?
O formato em papel, porém, além
de ser ecologicamente incorreto, ocupa espaço e, dependendo do tamanho, pesa
muito e é sobretudo inconveniente para se ler no transporte público. Imagina
levar um exemplar de “Os Miseráveis” ou de “Guerra e Paz” para ler no trem ou
no metrô?
Mas além de pesar na mochila, o
que fazer quando a estante já está lotada e você precisa decidir quais serão
doados para uma biblioteca e quais permanecerão na estante?
O formato em papel, além de
ocupar espaço, requer cuidado constante e limpeza diária para não se tornar um
foco de poeira e de ácaro, consumindo um tempo precioso em dias em que o tempo
é um bem cada vez mais escasso.
O que não dizer do preço, pois,
embora poderia ser bem mais competitivo no caso dos livros digitais, em muitos
casos é bem mais vantajoso, sobretudo quando surgem ofertas nesses produtos que
são anunciadas constantemente?!
A grande desvantagem do formato
digital, porém, é a dificuldade de se fazer uma anotação, primeiro porque os
formatos hoje existentes são todos em preto e branco, segundo porque a marcação
não é tão simples quanto parece ser nos anúncios desses dispositivos.
Porém, é possível baixar inúmeros
títulos de boa qualidade por preços abaixo de R$ 10,00; muitos até por menos de
R$ 5,00, nos formatos mobi (Kindle) e epub (Lev ou KOBO), além de alguns
títulos gratuitos.
A maioria dos leitores possuem a
funcionalidade de adequar os arquivos em PDF ao formato da tela, sendo possível
baixar diversos títulos em sites como domínio
público ou Projeto Gutemberg .
Se o leitor domina o inglês,
francês, alemão ou espanhol, as possibilidades de adquirir títulos gratuitos
são quase infinitas.
Mas se você ainda tem dificuldade
para dominar o idioma inglês ou o francês, por exemplo, o Kindle possui uma
funcionalidade extraordinária, que é o construtor de vocabulário, que coleta as
palavras buscadas no dicionário e as reúne em flashcards, o que ajuda a memorizar e incrementar o vocabulário sobretudo
em outros idiomas, mas também no próprio português.
No Brasil, os dispositivos mais
indicados são o Kindle (arquivos MOBI e PDF), que podem ser adquiridos pela
Amazon, além do Kobo e do Lev (arquivos epub e PDF), comercializados pela
Livraria Cultura e pela Livraria Saraiva, respectivamente.
Aconselho a adquirir os formatos
com iluminação interna, pois você não mais dependerá de um abajur ou das
luminárias para uma leitura agradável a noite.
Fica a dica, afinal, neste
universo em que se exige cada vez mais informação e na qual a leitura é
fundamental, está mais do que na hora de repensar seus conceitos e considerar a
possibilidade de adquirir um leitor digital em 2017.
Um grande abraço e obrigado pela
leitura.
Por: Claudio Schueler Baroni
Por: Claudio Schueler Baroni